Doutor em Educação - Currículo,PUC/SP, sob orientação do Prof. Dr. Mario Sergio Cortella, em 2008. Mestrado em Educação – PUC/SP, sob orientação do Prof. Dr. Antonio Chizzotti. Licenciatura plena em Língua Portuguesa - pela Faculdade de Educação – FE / USP. Bacharel em Letras – (Português-Hebraico) Faculdade de Filosofia Letras e Ciências Humanas – FFLCH/USP - Universidade de São Paulo. Curso Superior na Polícia Militar - Academia de Polícia Militar do Barro Branco – APMBB
26 de janeiro de 2011
POLICIAIS PENSADORES DE SÃO PAULO
POLICIAIS PENSADORES DE SÃO PAULO
Texto produzido pela parceria portal Comunidade Segura e Fórum Brasileiro de Segurança Pública
Discutir e buscar uma formação mais humana para os policiais militares. Para isso, incentivar e articular a continuidade dos estudos dos profissionais da ativa por meio do acesso a cursos de pós-graduação. Por fim, a longo prazo, colaborar para transformar a Policia Militar do Estado de São Paulo (PMESP) em uma instituição que tenha em seu efetivo profissionais especializados e que esses sejam portadores de opiniões e dados que a sociedade anseia em ouvir.
Em 2002, Souza realizava seu mestrado em Educação na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). Lá, estudava o currículo de formação de soldados da PM frente às demandas democráticas. Hoje, ele é o único policial da PM paulista com doutorado, título que recebeu também na PUC-SP em 2008.
Da primeira reunião dos pensadores também participaram uma tenente, um tenente-coronel da reserva e outros seis oficiais da ativa. Todos eram educadores dos cursos de formação da corporação. “A ação nasceu de uma ebulição. Sempre conversávamos pontualmente. O grupo se formou para promover conversas entre livres-pensadores”, diz Souza.
Formação policial
Segundo o tenente, hoje, a PMESP, com 94 mil policiais, tem 20 mestrandos, 15 mestres, 8 doutorandos e um doutor, todos com alguma ligação com os PensadoresPM. Para ele, a contagem, principalmente de mestrandos, está subestimada. “Esses números referem-se a policiais que estudaram em instituições como Universidade de São Paulo (USP), Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Mackenzie, PUC e Fundação Getúlio Vargas (FGV). Com certeza, existem mais pesquisando em outras instituições”.
Além dessa ressalva, Souza lembra que logo não será mais o único policial do estado com o título de doutor. “O policial Raul Santo está para concluir o seu doutorado na Universidade Federal de São Paulo (Unifesp)”. Santo está pesquisando a relação da aptidão física cardiorrespiratória com o nível de estresse de bombeiros militares de São Paulo e deve defender sua pesquisa até meados do ano que vem.
Mesmo com poucos mestres e doutores, Souza diz que a formação oferecida para os policiais vem melhorando. “Desde 2002, existe na corporação a preocupação em relação às características do novo ingresso. Todos participam dos cursos de formação, que são modernos e têm uma perspectiva mais humana. Quando ocorrem desvios, normalmente, observa-se que os policiais envolvidos não participaram desses cursos”, explica. Como exemplo da atualidade dos cursos, Souza lembra da disciplina Tutela Penal da Igualdade Racial, que inclui também a questão da diversidade sexual.
Apesar da perspectiva otimista, o tenente diz que ainda é preciso avançar mais para alcançar uma formação ainda mais humana. “Alcançar uma formação mais humana significa formar policiais com capacidade para a inovação, criatividade, sensibilidade social e aptidões para a comunicação, entre outras características, que, na verdade, são partes constitutivas dos profissionais do futuro”, explica.
Funcionamento
Para obter todos esses objetivos, o grupo se encontra a cada dois meses no Café Gerondino, no centro da capital paulista. No local, promovem discussões sobre diversas questões, sempre focando a formação dos policiais e buscando encontrar sugestões que melhorem a atuação da instituição. “Somos críticos de alguns pontos da PM, mas sempre buscamos saídas para que o trabalho melhore. Todos que participam do grupo têm amor e gosto pelo trabalho e pela instituição”, explica Souza.
Dentro dessa perspectiva, já foram discutidos temas como: qual será o papel da Polícia Militar durante a Copa do Brasil, que será realizada em 2014; qual a importância do policial conhecer a linguagem de sinais para atender satisfatoriamente às pessoas com deficiência; qual o melhor processo de encaminhar os policiais para a aposentadoria nos últimos anos de atuação.
Para o tenente doutor, um dos grandes méritos que o grupo tem conseguido alcançar é levar as discussões para o alto escalão da PM. “Temos até a perspectiva de um dos integrantes alcançar o posto de coronel”, lembra Souza.
Outro resultado positivo alcançado pelos PensadoresPM, para Souza, foi o compromisso dos integrantes que conseguiram ingressar em algum curso de pós-graduação de sempre colaborar para inserir outro policial quando a titulação for concluída. “Dentro dessa lógica, ninguém no grupo fala de estudar e sair da corporação. Lógico que isso é um direito da pessoa, mas todos enxergam a especialização como uma maneira de contribuir ainda mais com o trabalho da PM”, explica.
Nesse contexto, novos integrantes constantemente aparecem. “Se um policial deseja iniciar uma pós-graduação, começa a procurar e sempre acaba ouvindo sobre os PensadoresPM. Então, ele nos procura e buscamos colaborar”, diz Souza.
Segundo Souza, questões que aparecem esporadicamente na grande mídia e que atingem a imagem da PM também fazem parte das pautas de discussão do grupo. “Sempre o assunto é pensado na linha da formação. Como levar a questão para o currículo”, diz.
Consolidação
Segundo o tenente, a linha de pesquisa do curso deverá seguir os temas Administração Policial, Saúde e Policiamento Ostensivo. Todos adotarão os padrões e orientações da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e estão sendo estruturadas junto com universidades e acadêmicos paulistas.
Além do curso, Souza almeja, diante do crescimento do número de pesquisadores na corporação, aumentar a participação dos policiais no debate público. “Hoje, se fizermos um levantamento anual nos jornais O Estado de S.Paulo e Folha de S.Paulo não encontraremos mais do que 10 artigos de integrantes da corporação, sendo que os dois veículos publicam, no mínimo, dois artigos de opinião por dia, o que somaria quase 1.500 textos no ano”, exemplifica.
Os vendilhões no templo
Publicado por admin - Friday, 17 September 2010
RONILSON DE SOUZA LUIZ
Na condição de educador, vejo como preocupante a crescente divulgação de fatos que desapontam gravemente as novas gerações de estudantes.
Preocupa-me o legado que tem sido anunciado pelos que ocupam funções públicas de carreira e cargos eletivos. Em nosso meio, a cada dia diminuem os interessados em cuidar e zelar de forma inteiramente compromissada e com dedicação integral às nossas três grandes áreas de maior demanda, a saber: saúde, educação e segurança pública.
A meu ver, exatamente nessas três áreas devemos lutar bravamente para que elas não sejam majoritariamente preenchidas por vendilhões, pois prever, projetar e prevenir são os verbos ligados aos nossos desafios contemporâneos.
O perigo é que, se as boas ferramentas de comunicação forem tomadas por esses vendilhões, sofreremos por sua alta capacidade de produzir e reproduzir chagas de grande extensão, algumas de difícil cicatrização. O histórico e a vida pregressa de alguns candidatos assustam. Os bons frutos da Ficha Limpa ainda demoram.
As três áreas citadas são exatamente aquelas que exigem prognósticos qualificados, e tem nos assustado a frequência de diagnósticos, ou seja, estamos perdendo a capacidade de multiplicar os pães, de enxergar mais à frente.
Ouvimos, lemos e falamos apenas em diagnósticos, em cenários pouco animadores. Até as boas notícias têm sido acompanhadas de comentários sombrios.
Não há mais tempo para comemorações e rituais. Famílias não mais se reúnem. Aliás, as reuniões outrora sagradas perdem espaço para os engarrafamentos nos estacionamentos dos simulacros de pirâmides, nome que o escritor Frei Beto dá aos shoppings, que são templos de consumo de bens efêmeros, perecíveis e descartáveis.
Nada mais sintomático do que um telefone celular tocando dentro do templo. Imaginem o que deve ocorrer no Distrito Federal e nos outros três Estados que já contam mais telefones móveis que habitantes: São Paulo, Rio e Mato Grosso do Sul.
Nesse cenário, registra-se, fotografa-se, arquiva-se e depois, se o tempo permitir, veremos. Congelamos coisas, imagens e sons cuja destinação é única, imediata e finita.
Aprender a tocar um instrumento ou praticar um esporte profissional, tarefas que exigem disciplina e longos anos de treinamentos, deixam de ser cultivados pelos novos.
Tudo precisa ser rápido, chega-se ao absurdo de não mais apreciarmos e saborearmos as coisas, o que nos faz indagar sobre quem são os novos vendilhões. Sabemos que eles sempre existiram, porém agora estão extremamente ousados. Se formos todos tomados pela cegueira branca de que falava José Saramago, mais ainda os vendilhões se acomodarão no templo.
Não falo aqui de saudosismo barato. Refiro-me às amizades sinceras, aos compromissos irrenunciáveis e aos princípios e valores que unem um povo e fazem uma nação.
Temos que combater e expulsar todo e qualquer tipo de vendilhão. Todos que fazem parte das áreas mais candentes conhecem a realidade de que, se de todos é extraída a mais valia, contudo, dos policiais, dos médicos e dos professores ela tem sido extraída em grau mais elevado, ao menos nestes tristes trópicos.
Não queremos e não podemos aceitar indigência educacional, cânceres burocráticos na saúde ou medos e violências na segurança, áreas umbilicalmente ligadas.
Nosso alerta é para os vendilhões novos, e portanto cheios de energia e disposição, os quais se preparam para vender o que não pode ser vendido em 3 de outubro.
Se nós nos calarmos, sentiremos saudades de espaços como este, que permitem a atuação do livre-pensador. A vida moderna não se guia apenas por Rosseau – o bom selvagem –, mas não pode ser apenas por Hobbes – o homem como lobo. Quando secam os oásis utópicos, o resultado é um deserto de banalidades e perplexidade.
Sabemos, quase todos nós, que um elemento transcendente é indispensável na motivação da existência moral. Nesse cenário, é erro não fazer nada somente porque se pode fazer pouco.
Talvez essa possa ser uma boa meta para as eleições de 2010, ou seja, não permitir que novos vendilhões entrem no templo, e investir fortemente para que os que já entraram saiam um a um. O primeiro passo é compreender como se deu esse fenômeno.
Ronilson de Souza Luiz (profronilson@gmail.com) é bacharel em Letras pela USP, mestre e doutor em Educação pela PUC-SP, capitão da Polícia Militar de São Paulo e professor do Centro de Altos Estudos de Segurança.
Matéria Extraida do Jornal da USP- On Line, ano: XXVI n: 912
Na condição de educador, vejo como preocupante a crescente divulgação de fatos que desapontam gravemente as novas gerações de estudantes.
Preocupa-me o legado que tem sido anunciado pelos que ocupam funções públicas de carreira e cargos eletivos. Em nosso meio, a cada dia diminuem os interessados em cuidar e zelar de forma inteiramente compromissada e com dedicação integral às nossas três grandes áreas de maior demanda, a saber: saúde, educação e segurança pública.
A meu ver, exatamente nessas três áreas devemos lutar bravamente para que elas não sejam majoritariamente preenchidas por vendilhões, pois prever, projetar e prevenir são os verbos ligados aos nossos desafios contemporâneos.
O perigo é que, se as boas ferramentas de comunicação forem tomadas por esses vendilhões, sofreremos por sua alta capacidade de produzir e reproduzir chagas de grande extensão, algumas de difícil cicatrização. O histórico e a vida pregressa de alguns candidatos assustam. Os bons frutos da Ficha Limpa ainda demoram.
As três áreas citadas são exatamente aquelas que exigem prognósticos qualificados, e tem nos assustado a frequência de diagnósticos, ou seja, estamos perdendo a capacidade de multiplicar os pães, de enxergar mais à frente.
Ouvimos, lemos e falamos apenas em diagnósticos, em cenários pouco animadores. Até as boas notícias têm sido acompanhadas de comentários sombrios.
Não há mais tempo para comemorações e rituais. Famílias não mais se reúnem. Aliás, as reuniões outrora sagradas perdem espaço para os engarrafamentos nos estacionamentos dos simulacros de pirâmides, nome que o escritor Frei Beto dá aos shoppings, que são templos de consumo de bens efêmeros, perecíveis e descartáveis.
Nada mais sintomático do que um telefone celular tocando dentro do templo. Imaginem o que deve ocorrer no Distrito Federal e nos outros três Estados que já contam mais telefones móveis que habitantes: São Paulo, Rio e Mato Grosso do Sul.
Nesse cenário, registra-se, fotografa-se, arquiva-se e depois, se o tempo permitir, veremos. Congelamos coisas, imagens e sons cuja destinação é única, imediata e finita.
Aprender a tocar um instrumento ou praticar um esporte profissional, tarefas que exigem disciplina e longos anos de treinamentos, deixam de ser cultivados pelos novos.
Tudo precisa ser rápido, chega-se ao absurdo de não mais apreciarmos e saborearmos as coisas, o que nos faz indagar sobre quem são os novos vendilhões. Sabemos que eles sempre existiram, porém agora estão extremamente ousados. Se formos todos tomados pela cegueira branca de que falava José Saramago, mais ainda os vendilhões se acomodarão no templo.
Não falo aqui de saudosismo barato. Refiro-me às amizades sinceras, aos compromissos irrenunciáveis e aos princípios e valores que unem um povo e fazem uma nação.
Temos que combater e expulsar todo e qualquer tipo de vendilhão. Todos que fazem parte das áreas mais candentes conhecem a realidade de que, se de todos é extraída a mais valia, contudo, dos policiais, dos médicos e dos professores ela tem sido extraída em grau mais elevado, ao menos nestes tristes trópicos.
Não queremos e não podemos aceitar indigência educacional, cânceres burocráticos na saúde ou medos e violências na segurança, áreas umbilicalmente ligadas.
Nosso alerta é para os vendilhões novos, e portanto cheios de energia e disposição, os quais se preparam para vender o que não pode ser vendido em 3 de outubro.
Se nós nos calarmos, sentiremos saudades de espaços como este, que permitem a atuação do livre-pensador. A vida moderna não se guia apenas por Rosseau – o bom selvagem –, mas não pode ser apenas por Hobbes – o homem como lobo. Quando secam os oásis utópicos, o resultado é um deserto de banalidades e perplexidade.
Sabemos, quase todos nós, que um elemento transcendente é indispensável na motivação da existência moral. Nesse cenário, é erro não fazer nada somente porque se pode fazer pouco.
Talvez essa possa ser uma boa meta para as eleições de 2010, ou seja, não permitir que novos vendilhões entrem no templo, e investir fortemente para que os que já entraram saiam um a um. O primeiro passo é compreender como se deu esse fenômeno.
Ronilson de Souza Luiz (profronilson@gmail.com) é bacharel em Letras pela USP, mestre e doutor em Educação pela PUC-SP, capitão da Polícia Militar de São Paulo e professor do Centro de Altos Estudos de Segurança.
Matéria Extraida do Jornal da USP- On Line, ano: XXVI n: 912
Relações públicas e capital humano
POLÍCIA & NOTÍCIA Relações públicas e capital humano | |
Apenas a sonoridade tão parecida das duas palavras – polícia e notícia – já é suficiente para notarmos as ligações perigosas que elas podem estabelecer. Nossas polícias, em todos os seus níveis, e a PM, em particular, têm investido fortemente em suas equipes de relações públicas, no capital humano que trabalha com comunicação.A PM diuturnamente mantém contato com a mídia, realiza comunicação com a comunidade, recebe comunicação do governo, além da publicidade institucional, que tem nas viaturas, solípedes, barcos e aeronaves a presença institucional sendo divulgada. Nesse sentido, por exemplo, o ganho na imagem pela padronização do grafismo em todas as viaturas é incalculável. A PM também tem focado sua atenção no público interno, uma vez que circulam muitos boatos na área de segurança. Por boatos entenda-se informação relevante divulgada de forma imprecisa ou com dados insuficientes. Por mais que intelectuais praguejem a programação e as pautas, nos dias que se correm, ainda privilegiam a polícia, a tragédia, o inusitado. De forma geral, as grandes instituições e empresas não cometem mais o erro básico de, em momentos de crise, cortarem exatamente a área que poderá/deverá reverter ao menos a sensação momentânea do episódio vivenciado. Imediatismo e ânsia de atualizaçõesTemos seguido a "regra de ouro" para as situações de crise extremada, ou seja, aquelas que têm o evento morte como parte do resultado. Nestes momentos, a atitude fundamental não é esconder ou minimizar os fatos, mas acolher e saber lidar/ouvir os familiares das vítimas. São momentos em que a transparência e a forma proativa do setor envolvido são primordiais. Há pelo menos duas décadas deixamos de nos preocupar com as relações de causa e efeito, e passamos a incrementar a aproximação viabilizada pelo simbólico da filosofia do policiamento comunitário. Os diversos tipos de desamparos, as múltiplas dependências, as violências são algumas das experiências com as quais se confrontam homens e mulheres em seu desenvolvimento individual e na vida social, o que não se pode esquecer é que para muitos para além de capas de noticiários são marcas em suas vidas. O crescente discurso uniforme e as muitas repetições de pauta, além das trivialidades, geram a abolição das diferenças entre público e privado, o ser e o parecer, o consumidor e o cidadão, o fato real e o publicado na rede (www). Ainda estamos aprendendo a lidar com a ferramenta internet que dissolve toda hierarquia, respeito, sacralidade e expande o conceito de alteridade e transcendências, uma vez que reduz os tradicionais distanciamentos. De alguma maneira a rede mundial de computadores tem favorecido o narcisismo, alguns outros vícios e desvios de comportamento. Certamente o imediatismo e a ânsia de constantes atualizações têm gerado buscas incessantes por notícias – sem critérios e com senso ético diminuído. A volta ao ponto de equilíbrioA horizontalidade e o imediatismo da rede comprometem os atributos do bom texto jornalístico, favorecendo o narcisismo e o autoengano. É preciso, como escreve José Saramago nas Intermitências da morte, quando fala das posições ambíguas, perder o costume de encanar a perna a rã, dar uma no cravo e outra na ferradura, acreditando que este seja o papel da imprensa. No caso da polícia, informação de qualidade faz muito bem para a saúde, para a área educacional e, sobretudo, para os mais necessitados de serviços públicos. A via midiática necessita lentamente deixar de ser uma fonte de finos prazeres para refazer-se um precioso e insubstituível artefato de combate, visando a ampliar liberdades. Sabe-se que a esperança para os que precisam ser noticiados é poder encontrar na escuta e no olhar sensível do profissional de imprensa a ressonância necessária para criar outros e novos caminhos para suas demandas, parte delas recorrentes. Enfim, as notícias jornalísticas precisam voltar ao seu ponto de equilíbrio, uma vez que têm pendido para um lado sombrio, o lado mais pesado, ou seja, o das paixões do momento. |
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